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  • Foto do escritorThamy; Thaís; Caio Levi

Futebol feminino cearense busca por um futuro de sucesso

Atualizado: 2 de dez. de 2019


Os clubes do Estado do Ceará, aliados à Federação Cearense de Futebol, vêm aumentando os investimentos em suas equipes de futebol feminino. A profissionalização das atletas teve início há pouco tempo, mas promete grandes resultados para o futuro.


Desde 2008, a Federação Cearense de Futebol (FCF) promove um torneio feminino, contudo, até 2016 a filiação dos times à federação não era obrigatória, tornando o evento amador e com pouca credibilidade. Em 2017, foi decidido que as únicas equipes que poderiam competir seriam as filiadas à FCF. A desvantagem dessa decisão é que dos 184 municípios do Ceará, menos de dez possuem uma equipe participando anualmente do evento.


Na competição de 2019, somente cinco equipes estão disputando a vaga no campeonato brasileiro, são elas: Tianguá, São Gonçalo, Menina Olímpica, Ceará Sporting Club e Fortaleza Esporte Clube.


Visando atrair o maior número de times para entrar no campeonato, a FCF realiza a competição gratuitamente, ainda assim o engajamento é baixo.


Apesar dos grandes avanços no futebol feminino, são poucos os times profissionais no país, mas as federações e os clubes, com suas exigências, estão tentando reverter essa realidade. Segundo a coordenadora de competições da Federação Cearense de Futebol, Aparecida Ferreira, apenas os times do Ceará e do Fortaleza profissionalizaram suas equipes. “Esse é um processo que vai mudando aos poucos, a gente já está dando alguns passos a caminho disso”, comentou, em tom esperançoso, Aparecida.

A coordenadora de competições da federação cearense afirma que ainda não é possível fazer uma comparação com os times das regiões Sul e Sudeste, mas o Nordeste já está tentando se adequar a esse cenário, a partir de investimentos e apoio aos clubes. “A gente vai se adequando com base no que é exigido, mas é um processo que precisa de calma, de análise e de ação”, explica.


O preconceito enfrentado pelas atletas, fruto da história do futebol feminino no Brasil, que proibia a prática até o fim da década de 1970, é um dos fatores que impedem um maior crescimento da modalidade. A Federação Cearense de Futebol vem tentando contornar essa situação por meio de incentivo aos clubes para que criem times femininos. Além disso, mais meninas estão se interessando em seguir carreira no esporte, gerando atletas dedicadas e de alto nível.


Mas de onde surgem essas garotas tão habilidosas? No Estado do Ceará, há um projeto que revela mais jogadoras para o Brasil do que os principais times da capital: o Menina Olímpica. Essa associação sem fins lucrativos busca ser o ponto de partida para ajudar as mulheres que querem seguir carreira na área futebolística.

2019 foi um ano com muitos avanços, os dois maiores times da capital cearense, Fortaleza e Ceará, agora têm suas equipes profissionalizadas e um objetivo que está sendo priorizado cada vez mais: competir em alto nível. Ainda falta muito a ser feito. Com os projetos que os clubes e federação vêm realizando, Aparecida Ferreira acredita que levará no máximo dez anos para termos, no Estado do Ceará, um futebol feminino forte e com capacidade de enfrentar grandes times.



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